sábado, 1 de setembro de 2007

Razão e Cristianismo


Em teologia aprendemos que ao ser criado, o homem tinha inteligência suficiente para pensar, raciocinar e falar, para tirar conclusões e tomar decisões. Isso nos leva a entender o sentido das palavras 'imagem e semelhança' divina.Em outras palavras, o homem era um ser racional. Nisso ele diferia de todos os animais irracionais, cujo principal principio motor é o chamado instinto. Instinto é uma propensão anterior à experiência e independente da instrução. É um impulso cego e não-meditativo que leva os animais a fazer certas coisas sem saberem por que o fazem e sem se importarem em melhorar a maneira de fazê-las. Por conseguinte, os atos instintivos dos animais se processam com inalterável uniformidade, não havendo melhoria neles. De todos os animais inferiores temos de dizer que são irracionais. A diferença entre eles e o homem é tão grandemente afastada como os polos. Isso é evidente porque os homens são objetos próprios do governo moral, e sem uma natureza racional não poderiam ser considerados responsáveis. Os governos humanos reconhecem ssa faceta da questão, pois não reponsabilizam idiotas ou lunáticos. O motivo disso é que nos lunáticos os poderes racionais nunca foram suficientemente desdobrados para fornecer uma base para a reponsabilidade moral. Nas Escrituras Gregas Cristãs, conforme também vemos em teologia, um dos característicos de desvio da humanidade é o comportamento animalesco, sendo designados os que seguem os instintos e não a razão, como 'animais irracionais'.Ao escrever aos cristãos de Roma, Paulo discorre acerca do 'culto racional', tão diferente das religiões de mistérios e rivais do cristianismo, sendo uma delas, o gnosticismo, que em diversas epístolas desse e de outros apóstolos foi combatida acirradamente.Parece-nos que o cristianismo em termos da relação com a razão não tem muito a dever à filosofia.

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