Filósofo do mês: Aristóteles
"Duas condições são necessárias para alcançar o bem geral; primeiramente, que haja um ideal e que o fim que se porpõe sej alouvável;depois, que se encontrem quais são os atos que podem conduzir a esse fim.Essas duas condições podem ou não concordar-se. Ora, o fim é excelente, mas erra-se no meio de atingi-lo. Umas vezes têm-se todas as possibilidades de alcança-lo, mas o fim proposto é mau. Outras vezes erra-se ao mesmo tempo no fim e nos meios, como acontece na Medicina, quando julga mal o estado de saúde do corpo, e não encontra os meios de atingir o fim que se propõe. Ora, nas artes e nas ciências, é preciso apontar magistralmente ao alvo e aos meios que a ele conduzem. É claro que todos os homens aspiram à virtude e à felicidade; mas uns podem atingi-las, outros não (asim o quer o acaso ou a natureza). A virtude necessita de uma certa quantidade de meios, que deve ser pequena para aqueles que são melhores dispostos, e maior para os que têm disposições menos favoráveis. Outros, finalmente, extraviam-se desde os primeiros passos na procura da felicidade, embora possuam todas as faculdades exigidas. Já que o objeto que nos propomos é a procura da melhor constituição, já que a melhors constituição é aquela que dá a melhor administração da cidade, e que a melhor administração da cidade é a que proporciona a maior soma de felicidade, segue-se que é preciso antes saber o que é a felicidade.(...)A felicidade é o resultado e o desenvolvimento completo da virtude, não relativa, mas absoluta. Ora, por virtude relativa entendo aquela que se aplica aos atos necessários,e por virtude absoluta é que se dirige unicamente ao belo.(...)Por oposição, os atos que têm por objetivo a honra e abundância de bens da alma, são o que há de mais belo no sentido absoluto.(...) Na Moral, definimos o homem virtuoso como sendo aquele cuja virtude eleva os bens interiores à altura de bens absolutos. É evidente que a maneira pela qual deles faz uso é forçoasamente nobre e bela no sentido absoluto. Eis no entanto que o vulgar julga que os bens exteriores são causas da felicidade, como se o talento e a perfeição com que o músico toca a lira fossem devido mais à qualidade do instrumento que à habilidade do artista."(Aristóteles -A Política - página 105)
Um comentário:
Vejo que o texto do Epícuro ganhou rapidamente a tela do blog...rs...
Por favor, visite o blog http://geraldo-gomes.blogspot.com/
É de um ex-morador de rua que conheci na Av. Paulista, cujas "provocações" reflexivas me fizeram pensar muito sobre a questão da violência e ação humana.
Grande abraçO!
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