quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A Liberdade em Sartre


Liberdade é a capacidade de escolher entre duas ou mais possibilidades. Para o filósofo existencialista Jean-Paul Sartre a liberdade é total. O indivíduo está condenado à liberdade. Não há como escapar da liberdade. Por todo lado, é preciso escolher. Estamos lançados no mundo e temos a responsabilidade de projetar com nossas escolhas e ações o que queremos ser. Não há modelo a seguir, não há Deus para determinar uma natureza humana, não há algum ideal transcendente a que nos devemos firmar. A culpa pelo nosso comportamento não pode ser lançada na contabilidade da sociedade, da família ou da igreja! Se eximir da própria responsabilidade de se construir a si mesmo, de fazer escolhas, é má-fé. Até mesmo quando o indívíduo, decide não escolher, está escolhendo, porque escolheu não escolher. Dentro do seu campo de escolhas o indivíduo se angustia, porque é preciso escolher entre possibilidades, isso significa tomar uma e abandonar outras, que de certa forma poderiam ou não ser melhores. Além disso, cada escolha é um compromisso, é um testificar diante das demais pessoas, que aquela escolha naquele momento foi para nós a melhor opção, e que as pessoas poderiam fazer o mesmo. Isso significa também que os outros com quem convivemos nos observam, mas esse olhar não é neutro. As pessoas nos objetivam, nos reificam. e nos definem, tornando-nos aos seus olhos objetos, fixando-nos com rótulos e de certa forma tratando o ser livre como não-livre, como coisa definivel, dada, acabada e pronta. Tal atitude é geradora de conflito, por isso Sartre diz que "o inferno são os outros". Afim de evitar maiores problemas, cabe a cada um de nós respeitar a liberdade do outro, viver assumindo a responsabilidade pelo próprio caráter e colaborando com isso para construir um mundo melhor.

Nenhum comentário: