Para Paul Ricoeur o homem participava de duas dimensões: social e moral. Tanto em uma como em outra, o que o definia como indivíduo era a "linguagem". Linguagem que possibilitava o pensamento, a interpretar e dizer o mundo, e também instituir o indivíduo. Para discorrer sobre o sujeito social Ricouer constituiu o conceito de "mesmidade" e para pensar o sujeito moral autônomo e independente, o de "ipseidade". Mesmidade indicava o que tornava esse sujeito um ente social, da espécie humana,como era dito pelos outros. Entrava em relevo as decrições definidas( forma de categorizar o indivíduo e formar um núcleo social, ex: o garoto que faz as tarefas, a garota que gosta de ouvir música,etc.), os nomes próprios (para agregar em núcleos deparentescos, ex: Marcelo Sousa e Maria Sousa,etc.) e os indicadores ( o uso de pronomes que cri nucleos de relações, ex: pronomes: eu, tu,ele, nós,etc; advérbios de lugar: aqui, ali , acolá; advérbios de tempo: hoje, amanhã, agora, ontem; adveérbios de modo: bem, mal, melhor,etc.).
Mas o que diferenciava o indivíduo de todos os outros da sociedade? O que fazia com que este fosse alguém singular e insubistituível? A sua ipseidade! Ipseidade seria aquilo que caracteriza o indivíduo como ser único, singular, como nenhum outro era, o que o mesmo dizia de si. Para tal era necessário as narrativas e as promessas. As narrativas seriam a história de vida contada pelo indivíduo e que o distinguia de todos os demais, enquanto as promessas seriam a junção entre a fala e a atividade correspondente. Nesta última teríamos como conhecer o indivíduo pela maneira como fala, sobre o que fala, sobre a relevância dessa e o cumprimento.
Ricoeur reconhecia a influencia da natureza, da edcação e de nossas ecolhas e propunha um caminho ético pautado pelo cuidado de si mesmo levando em conta a linguagem, a história de vida e a concomitância entre a fala e a ação.